quarta-feira, 21 de setembro de 2011

NÃO SACANEIEM COM MEU CORPO: DIGO NÃO À BOLSA ESTUPRO

LENDO O BLOG DO OZAÍ, VI O VÍDEO DO CENTRO FEMINISTA DE ESTUDOS E ASSESSORIA (CFEMEA), UNIVERSIDADE LIVRE FEMINISTA. Um daqueles vídeos que expressam minha opinião sobre os direitos sobre nosso corpo, sexo e sexualidade. Assista, pense, analise e pesquise... diga não à BOLSA ESTUPRO!!!

POR TODAS AS MULHERES from Universidade Livre Feminista on Vimeo.

LEIA MAIS: -retirado da Universidade Livre Feminista: "BRASIL (2010) - [VERSÃO COMPLETA] O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) produziu este vídeo para mobilizar as mulheres brasileiras à defesa dos direitos de todas as mulheres em escolher se devem ou não levar adiante uma gravidez indesejada. Essa campanha tem por objetivo defender a autonomia das mulheres e evitar as centenas de mortes provocadas por abortos inseguros no país. Setores ultra-conservadores, a direita e fundamentalistas cristãos (igreja católica e outras) estão intervindo no Congresso Nacional para criar leis que obriguem as mulheres a concluirem qualquer tipo de gravidez, motivada por estupro, que possa provocar a morte da mulher, de anencéfalo etc. Para tanto, chegam a propor até o pagamento em dinheiro para a mulher vítima de estupro que leve ao fim a gravidez. Essa proposta absurda tem sido chamada pelos movimentos feministas de BOLSA ESTUPRO. Os debates no Congresso Nacional, monopolizados, por esses grupos extremistas, mostram o quão violento e dominador é o machismo e o fundamentalismo religioso. É importante mobilizar as mulheres. Mobilizadas e conscientes de seus direitos, podem produzir mudanças políticas e legais no país. Mais informações podem ser obtidas no site criado pelo Cfemea para essa campanha: portodasnos.blogspot.com Este vídeo foi produzido em agosto de 2010 pela ILLUMINATTI - illuminatifilmes.com com o patrocínio da HEINRICH BÖLL STIFTUNG e com o apoio de -Safe Abortion Action Fund -Ford Foundation -WHC Agradecimentos ao -Fórum de Mulheres Negras do Distrito Federal -Associação Lésbica de Brasília (Coturno de Vênus) -Fórum de Mulheres do Distrito Federal CFEMEA - 2010 - Brasil - cfemea.org.br"

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O prazer dos outros

O que me intriga em tudo que leio sobre sexo e sexualidade é que SEMPRE buscamos normatizar e padronizar comportamentos. Dessa vez, li que "vegetarianos (as) gostam mais de fazer sexo oral". Será mesmo?! A reportagem é da Débora Spitzcovsky, do blog Planeta Sustentável. A reportagem utiliza dados de uma pesquisa realizado em um site de relacionamentos para afirmar que os vegetarianos gostam mais de fazer sexo oral: "Ao perguntar para cerca de 250 mil usuários do site, o OkCupid descobriu que mais de 30% das mulheres e 90% dos homens adeptos do vegetarianismo gostam de fazer sexo oral em seus parceiros, contra 15% das mulheres e 69% dos homens que não têm nenhuma restrição em sua dieta alimentar." Tenho minhas dúvidas sobre isso, assim como sobre outras questões do campo do sexo e da sexualidade. Penso que pode ser, mas por se tratar de prazer não se pode escrever numa caixinha e os seguintes dizeres: "manual de instruções: o que fazer para proporcionar prazer a (ao) sua (seu) parceira (o)", entregar à (ao) parceira (o) e achar que tudo vai ser lindo! Inviável. O prazer sexual é tão subjetivo quanto a individualidade dos sujeitos. Temos sim, sexológos, que vão defender "N" posições sobre o prazer, mas quem irá sentir são os sujeitos. Penso que reportagens como essa, entre outras, buscam determinar e assentar as pessoas em determinados rótulos. Se você é vegetariano e DETESTA sexo oral, seja feliz com outras práticas prazerosas que o sexo pode te proporcionar, não fique tentando fingir gostar, porque disseram que VOCÊ gosta. Se você não é vegetariano e ADORA sexo oral, ignore os dizeres desta reportagem e vá ser feliz, vá sentir prazer e ficar feliz com a prática do sexo oral. Penso que enquadrar pessoas em padrões é um discurso bastante utilizado em nossa sociedade pra criar noções de normalidade e anormalidade e que isto tem reflexos nos nossos comportamentos, tanto sexuais quanto sociais.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

DA série Maitena

Vacina contra lesões e tumores de HPV é desenvolvida na USP

Pesquisadores da USP desenvolveram uma vacina contra tumores e lesões pré-cancerosas causadas pelo HPV. O vírus é responsável por tumores de colo do útero, cabeça, pescoço, ânus e pênis. Diferentemente das vacinas disponíveis hoje na rede privada, que impedem a infecção pelo vírus, a novidade seria indicada para quem já se infectou e desenvolveu alguma lesão. A imunização induz as células de defesa a reconhecer lesões e tumores desenvolvidos a partir do HPV 16 e atacá-los. O tipo 16 do vírus é um dos que mais causam câncer. O estudo foi apresentado ontem por Luís Carlos Ferreira, professor da USP e chefe do laboratório de desenvolvimento de vacinas da universidade, na 26ª reunião anual da Fesbe (Federação de Sociedades de Biologia Experimental), que vai até amanhã, no Rio de Janeiro. Os testes foram feitos em roedores, mas já há planos de realizar estudos clínicos em humanos daqui a um ano e meio, no HC de São Paulo. EFICÁCIA Segundo Ferreira, a vacina é a mais eficaz do tipo já criada. "A vacina conseguiu reverter em 100% as lesões e os tumores com só uma dose." Ele afirma que será possível produzir a vacina a um custo menor do que o da atual, que sai por R$ 900. O pesquisador lembra que grande parte da população já teve contato com o vírus -estima-se que, até os 50 anos, 80% das mulheres serão infectadas por algum dos mais de cem tipos de HPV. "Para muitas pessoas, uma vacina não preveniria mais contra infecções e seria mais eficiente se curasse lesões e câncer", afirma. Cerca de 90% das lesões são eliminadas sem necessidade de intervenção, mas algumas delas levam ao câncer. Para o câncer de colo do útero, o tratamento pode ser por cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação deles. Ferreira diz que, no futuro, a imunização poderá se somar ao rol de tratamentos, especialmente nos casos mais avançados de tumor. Max Mano, professor-assistente de oncologia da USP e médico do Icesp (Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira), diz acreditar que o desenvolvimento de vacinas contra o câncer causado por HPV é promissor. "É uma questão de tempo para desenvolvermos tratamentos de câncer ao investigar o papel da imunidade nesse tipo de doença." Mas ele afirma que muitas vacinas fracassaram nos últimos 30 anos. "O que funciona em animais pode não funcionar tão bem em humanos, porque nossa imunidade é mais complexa."