domingo, 10 de agosto de 2008

Aborto: minha amiga fez!

Maurício Bastos, extraída de: http://www.mauriciobastos.com/


Quantas pessoas você conhece que já fizeram um aborto?

Você sabia que a cada 100 mulheres, 33 afirmam conhecer alguém que fez o aborto? Mas, que somente 4 admitem ter recorrido ao procedimento?

Dado intrigante, né? Tanta gente conhece alguém que fez o aborto, mas pouca gente admite. Será que o fato do aborto ser uma prática ilegal, as pessoas se sentem coagidas a não serem sinceras ao responderem um questionário de uma pesquisa? Você responderia positivamente à questão "você já fez uma aborto?" em uma pesquisa, caso tivesse recorrido ao procedimento? Perguntaria e me certificaria que nada pudesse ser feito contra mim judicialmente. Aí, então, responderia. Além disso, temos outros fatores que justificam porque só as amigas fazem.

O problema maior que uma mulher deve enfrentar é a questão moral: imagina uma mocinha de 20 anos contar pro namorado que quando tinha 16 anos, ela engravidou do ex-namorado e teve que abortar porque ambos não tinham condições financeiras e emocionais de ter aquela criança. Será que o atual namorado continuaria o relacionamento com ela? Quer algo pior? Imagine o sentimento de culpa que esta mocinha deve sentir sempre que percebe que as amigas, a escola e a maior parte das pessoas afirmam serem contra o aborto. Ter a segurança e ser responsável para afirmar que um dia você praticou uma atitude ilegal não é para qualquer cidadão, por isso o percentual de mulheres que admitem ter abortado pula para 7% na faixa etária dos 22 aos 25 anos. E esse percentual é maior ainda quando se trata de mulheres com melhores condições financeiras ou com projetos de vida como a faculdade ou a carreira profissional, 9%.

O que tenho achado mais interessante até agora nas pesquisas que tenho feito é a quantidade de homens que são contra o aborto. Interessante. Eles não ficam de 7 a 9 meses inchados, enjoados, com azia, com a sensibilidade à flor da pele, etc. Além disso, há a responsabilidade materna que diga-se de passagem é bem maior, amamentar, trocar as fraldas, educar, ensinar a comer, a usar o vaso sanitário, a se limpar.... uau! Interessante. Os argumentos para tal postura variam, mas a maior parte recai na velha ideologia religiosa: o valor da vida humana.

Mais vale um ser humano que passe fome e não tenha educação do que a inexistência do mesmo.

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